segunda-feira, abril 29, 2024
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Urbanitárias participam de Ato Público contra a Cultura do Estupro

O Sindicato dos Urbanitários(as) de Rondônia, esteve presente no fim da tarde desta terça-feira (31) para participar do ato público de repúdio a violência sexual contra a mulher, promovido pela Prefeitura Municipal. Durante a manifestação, os participantes promoveram um ‘apitaço’, para chamar atenção da população portovelhense para a cultura do estupro. O evento aconteceu na Praça das Três Caixas D’agua e teve como objetivo encerrar as atividades realizadas durante todo o mês de maio, quando é nacionalmente realizada a campanha de enfrentamento da violência sexual contra crianças, adolescentes e mulheres.

Este foi o mês de divulgação, no país inteiro, de ações em defesa da criança, adolescente e mulher vítima de violência sexual e coincidiu com o fato ocorrido com a adolescente do Rio de Janeiro, que teve uma repercussão muito grande. Em Porto Velho, temos um número crescente de casos, tendo como base os dados das unidades de acolhimento da Semas, que fazem um trabalho de acompanhamento psicológico e social com as vítimas.

Denuncie, basta ligar no número 100 e não é preciso se identificar, após será acionado o plantão certo para cada tipo de ocorrência.

Carta aberta

No ato, a Semas distribuiu Carta Aberta à população, ressaltando que a necessidade de unir forças, empenhar esforços, para efetivamente: implementar os currículos escolares, contemplando assuntos relacionados a direitos humanos, sexualidade, gênero; capacitar as instituições públicas para a elaboração do orçamento que priorizem ações, serviços e projetos voltados aos direitos de crianças e adolescentes.
O documento também cobra execução do Plano de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes; ampliação das equipes de atendimento às vítimas; capacitação contínua das equipes; e implantação da polícia especializada 24 horas para o atendimento às vítimas.

Cultura do Estupro

O termo cultura do estupro vem do inglês ‘rape culture’, utilizado por mulheres dos Estados Unidos na década de 70. A expressão foi desenvolvida a fim de mostrar como a sociedade culpava as próprias vítimas de abuso sexual e normalizava a violência sexual contra a mulher. São crenças que encorajam agressões sexuais masculinas e apoiam a violência contra a mulher. São atitudes como cantadas na rua (assédios verbais e físicos), piadas, gírias e atitudes que fazem este tipo de violência parecer normal, como se fosse inevitável o estupro.

A cultura do estupro pormenoriza o ato e incentiva que a vítima se cale. É advinda de uma sociedade que acredita que a vítima pode evitar o estupro dependendo do tipo de roupas que usa e culpa as vítimas gerando o medo de denunciar.  Essa cultura acredita que existe um meio-termo quando se trata de violência sexual.

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